Pesquisar este blog

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

JUSTA HOMENAGEM

Arquivo/CB/D.A PressO CORREIO BRAZILIENSE  presta bela homenagem a estes pioneiros, Recebi do meu querido amigo Carlos Marques e não poderia deixar de postar.
Na prova automobilística 500km de Brasília, edição de 17 de setembro de 1967, o segundo lugar valia mais que o primeiro, e o veículo mais desacreditado entre os concorrentes foi, também, o mais amado pela torcida.
 
Os personagens principais dessa história são o sonho de quatro amigos apaixonados pela velocidade e a máquina, subproduto de um fusca batido com peças de ferro velho e uma carcaça de chapas rebitadas nos moldes escolhidos pela equipe Camber e montado em cerca de 20 dias. Batizado pelo público de Patinho Feio, a caranga pretendia disputar com Porsches, Ferraris e outras grandes marcas do mundo dos automóveis.
 

O dispensável primeiro lugar da disputa ficou com um Alfa GTV da renomada Scuderia Jolly Gancia, da Alfa Romeo. O concorrente, esquisito, porém leve, surpreendeu até os próprios idealizadores, José Álvaro Vassalo, mais conhecido como Zeca Vassalo, Jean Luiz da Fonseca, Helladio Monteiro e Alex Dias Ribeiro, que viria a se tornar piloto de Fórmula 1. A corrida, que aconteceu nas ruas da capital, e o modelo inusitado, que chamou a atenção de todos, entraram para a história de Brasília e do automobilismo.
Patinho Feio correria, ao menos, até a década de 1970. Com o tempo, ganhou rodas esportivas e até aerofólio. E chega hoje aos 50 ainda em condições de rodar, símbolo de idealismo e resistência para seus construtores e para todos os que presenciaram a corrida.

A primeira disputa do Patinho Feio foi, também, a mais importante. Aconteceu em uma época em que a frota de carros local era muito menor, bem como o número de semáforos. O quarteto de amigos tinha a esperança de que a “lata-velha” conseguisse dar ao menos uma volta. A largada aconteceu na base do sorteio e os azarões ainda saíram na 33ª posição, a última, para ser mais preciso. Deram a partida e dispararam, para a surpresa dos concorrentes. Já na primeira volta, deixaram vários competidores comendo poeira. Na terceira, estavam em sexto lugar, na quarta, em quarto e, em pouco mais de uma hora de disputa, brigavam pela segunda colocação.

Montados e impulsionados pelo chassi e pela mecânica de um fusca, acompanhando os indicadores dos ponteiros no rústico painel do modelo, o grupo corria o mais rápido que podia. Os bolsos vazios talvez ajudassem a dar leveza para a desengonçada máquina com trejeitos de gafanhoto. Ainda nem tinham terminado de pagar o financiamento dos pneus. Quando entraram, a plateia e os outros pilotos deram risada. Quem eram os loucos que levaram aquele gafanhoto para a corrida? Nas últimas voltas, tinham conquistado Brasília. As chances de vencer eram reais. Uma reviravolta. Ainda assim, o Alfa Romeo chegou em primeiro. Os aplausos, porém, eram para os jovens brasilienses.

Bodas de ouro
 
Oficialmente, Patinho Feio se chamava Camber PT1, sendo Camber o nome da oficina criada pelos quatro. À época, os mais velhos, Alex e Jean Luiz, tinham 18 anos. Eles aprenderam sobre mecânica com um profissional da área, quase que informalmente. Os outros dois eram adolescentes. “Nosso exemplo era uma oficina chamada Torque. Como não podíamos usar o nome, fizemos um brain storm e pegou o Camber”, relembra Alex. A ideia era criar uma empresa para consertar e envenenar motores, resultado do amor pelo automobilismo. Mas eles não tinham carros para modificar, a não ser os dos pais. “Quando decidimos que faríamos a oficina, não tínhamos nada. Mas o pai do Heládio tinha sido sócio de uma oficina que fechou. De repente, uma série de ferramentas estavam à nossa disposição”, completa.

Inicialmente, a Camber funcionava na garagem da casa da mãe do Zeca, na W3 Sul. Ela também permitiu que eles construíssem um barraco no quintal, para guardar equipamentos, mas ninguém tinha coragem de deixar o carro com os garotos. O fusca batido pertencia ao pai de Alex, o médico Isaac Barreto Ribeiro, que sofreu um acidente enquanto ia para o trabalho, no Hospital do Gama. O diagnóstico era perda total. “Eu falei, ‘pai, me dá o fusca’. Ele ficou meio cabreiro. No fim, disse que ia dar o carro, mas não daria nem um tostão. Teríamos que nos virar”, conta o ex-piloto.

Desafios
 
A primeira versão do Camber PT, ou do Patinho Feio, mostrou logo a que veio. “O carro, sem carroceria, com a barra do volante apoiada na perna e uma garrafa Pet como tanque de combustível, corria muito. Olhamos o regulamento para corridas e decidimos pôr, no chassi, só o mínimo necessário para competir”, revela Jean Luiz. Eles também tinham de convencer o presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo a deixá-los correr. “Dissemos que tínhamos construído um carro. Ele pediu para levá-lo lá. Se estivesse tudo dentro do regulamento, permitiria”, conta Jean. “Ele não acreditava que fôssemos voltar. Por mais feio e estranho que fosse, ele olhou (o carro). Estava tudo dentro do regulamento. Foi obrigado a aceitar. E o carro só ficou completamente pronto no dia da corrida”, completa Alex.

Apesar da aparência não convencional do Patinho Feio e da baixa probabilidade de um grupo de adolescentes fazer um carro de corrida funcional, o segredo do grupo de amadores foi justamente o profissionalismo. Eles estudaram cada detalhe, incluindo a pilotagem e os trajetos. Sacrificaram noites e fins de semana para alcançar o sonho. Em 1968, Patinho Feio concorreu no 1.000km de Brasília.  Posteriormente, disputou a Corrida de Goiânia e também esteve na inauguração do Autódromo do Rio de Janeiro, além de ser carro-madrinha em várias disputas, incluindo a primeira do circuito de Interlagos. Ganhou um aerofólio fabricado pelo grupo.

Após a primeira vitória, a Camber se transformou em uma oficina famosa na capital. Foi revendedora oficial de marcas como Puma, Yamaha, Fittipaldi e outras. Os meninos saíram da garagem e se mudaram para a Asa Norte. Mais tarde, foram para a Asa Sul. De lá, saíram três pilotos da Fórmula 1. Além de Alex, o tricampeão Nelson Piquet, que também correu no Patinho Feio, e Roberto Pupo Moreno.

O sonho se manteve até meados de 1974. “Deixamos um legado. Uma lição de empreendedorismo. Saímos do nada, sem dinheiro. E o sonho chegou aonde chegou. Se você imaginar, acreditar no sonho, estudar e trabalhar pra valer, tem tudo para dar certo. Em qualquer ramo”, afirma Jean. “A Camber, como pessoa jurídica, durou sete anos. Mas o espírito da Camber continua vivo. O espírito é eterno”, declara Alex. “A Camber não era uma empresa, mas um estado de espírito”, completa o primeiro.

Inclinação de projeto
O nome faz referência à inclinação das rodas de um veículo em relação ao motor. O topo do pneu deve estar mais afastado do chassi que a base, para evitar deformidades na base. Fora do valor de projeto do veículo, além do desgaste da borracha, pode causar instabilidade. Ao contrário do que se imagina, é muito difícil tirar o camber da medida de fábrica.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

MARK I RESTAURADO

O MARK I acidentado na última corrida de Petrópolis, na Rua Floriano Peixoto, pilotado por Carol Figueiredo, provocando toda confusão que culminou com o atropelamento e morte de Cacaio, se encontra em fase final de restauração









quinta-feira, 3 de julho de 2014

FORMULA E DA RENAULT

Colaboração do amigo Antonio "Carlinhos Pepé" Marques.




Renault patrocina principal escuderia da F-E

  • Há um ano a Renault foi anunciada como parceira técnica da Formula E, o inédito campeonato de monopostos 100% elétricos.
  • Hoje o compromisso da Renault torna-se maior ao anunciar que será a patrocinadora principal da equipe e.dams-Renault, comandada por Alain Prost, embaixador da marca Renault, e Jean-Paul Driot.
  • Com essa parceria, a Renault adere plenamente a uma categoria completamente inovadora.
  • Esse novo desafio também demonstra o compromisso da Renault em valorizar sua experiência em competições automobilísticas e em veículos elétricos.
  • A equipe e-dams-Renault anuncia oficialmente o nome dos seus dois pilotos para a temporada 2014-2015: Nicolas Prost e Sébastien Buemi.

Imagem
No ano passado, a Renault, pioneira em veículos elétricos e especialista no automobilismo de competição desde sua fundação, tornou-se uma parceira técnica oficial do Campeonato FIA de Fórmula E. Antes mesmo do primeiro Grande Prêmio da categoria, que vai acontecer em setembro, em Pequim, a montadora dá um novo passo nessa nova disciplina ao anunciar seu apoio para a equipe e.dams-Renault.
A Renault torna-se hoje a patrocinadora master da equipe de propriedade de Jean-Paul Driot e Alain Prost, o tetra Campeão Mundial de Fórmula 1 e embaixador da marca Renault. Esse envolvimento com a equipe francesa Renault permitirá maximizar o impacto e a promoção do campeonato devido ao aumento da visibilidade. O nome do fabricante aparecerá na carroceria dos carros, no macacão e no capacete dos pilotos. Além disso, muitas ações de comunicação e marketing também marcarão a primeira temporada de um campeonato que promete ser particularmente atraente. Na verdade, trata-se de uma categoria totalmente nova e um verdadeiro espetáculo, que estará disponível para os fãs de automobilismo com um novo formato: uma jornada de novas tecnologias, muitos eventos para os espectadores e corridas que acontecerão no centro das maiores cidades do mundo. 
Patrice Ratti, presidente da Renault Sport, destaca que "a parceria com a equipe e.dams-Renault permitirá à Renault Sport reforçar sua presença no centro do campeonato de Fórmula E. Trata-se de uma experiência inédita, que escreve uma nova página no automobilismo esportivo, algo que nos deixa orgulhosos de participar desse novo desafio na qualidade de pioneiros. Alan e Jean-Paul, cujos currículos e experiência nós conhecemos muito bem, formam uma parceria fundamental com a e.dams-Renault, para a nossa participação e desenvolvimento na Fórmula E.
Também estamos plenamente satisfeitos com o trabalho que a Spark desenvolveu com o monoposto Spark-Renault, carro que equipará todas as equipes na primeira temporada da categoria. Nós continuaremos a dar toda assistência à Spark para garantir o melhor suporte técnico à disposição das escuderias."

Alain Prost, coproprietário da e.dams-Renault  e embaixador da marca Renault, destacou :"Jean-Paul Driot e eu estamos orgulhosos de nossa associação com a Renault nessa nova aventura esportiva. A escolha da Renault como nossa principal parceira foi algo natural para a e.dams, tanto pelo histórico excepcional da marca no automobilismo esportivo quanto por seu conhecimento único em veículos elétricos. Pessoalmente, estou particularmente entusiasmado com a ideia de colaborar mais uma vez com a Renault em um grande projeto esportivo e ambicioso e em escrever uma nova página em nossa história comum.
Estou plenamente confiante no sucesso do nosso projeto e estamos nos preparando ativamente para o início da temporada. O teste em Donington Park esta semana é a próxima etapa de nossa preparação, que prossegue com muito trabalho para garantir que tudo esteja em ordem para a primeira corrida, o GP em Pequim, dia 13 de setembro. Trata-se de um desafio considerável, pois estamos falando de um campeonato completamente novo em termos de tecnologia dos carros com o mesmo formato de corrida Em outras palavras, muita emoçâo à vista!"

A nova equipe e.dams-Renault anuncia hoje seus dois pilotos : Nicolas Prost e Sébastien Buemi, nomes bem conhecidosdos paddocks da Fórmula 1 e Endurance, que terão o privilégio de ocupar o cockpit dos novos monopostos 100% elétricos, no dia 13 de setembro, em Pequim.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

FORMULA E

Recebi do meu amigo Antonio Carlos "Pepé" Marques, editor do Diário de Petrópolis On Line, esta bela matéria que repasso com prazer aos amigos.


Formula E: Primeiros monopostos elétricos entregues às equipes

Os preparativos para o Campeonato FIA de Formula E, que começa dia 13 de setembro nos arredores de Pequim, na China, estão cada vez mais intensos. Após uma série de testes de desenvolvimento em vários circuitos durante o mês de janeiro foi possível aprovar a arquitetura, verificar o bom funcionamento de todos os elementos do veículo e determinar o acerto básico dos carros das 10 equipes inscritas no certame, que já receberam suas primeiras unidades. A entrega dos inéditos monopostos elétricos Spark-Renault SRT_01E aconteceu no dia 15 de maio, no autódromo inglês de Donington Park, uma demonstração clara que a Spark Racing e a Renault estão em dia com um cronograma complexo.
Patrice Ratti (Diretor Geral da Renault Sport Technologies): “Estamos orgulhosos de compartilhar com a Spark a entrega dos primeiros dez carros Spark-Renault para as equipes da Fórmula E. Não é pouca coisa: estamos falando do primeiro monoposto 100% elétrico do mundo a oferecer desempenho de alto nível e fabricado em pequena série. Isto demonstra mais uma vez a paixão que motiva a experiente equipe da Renault Sport e seu excelente domínio em novas tecnologias de tração elétrica.”
Frédéric Vasseur (Presidente da Spark Racing Technologies): “O desenvolvimento, acerto e a fabricação de um carro de competição tão inovador quanto o Spark-Renault SRT_01E em um prazo tão curto foi um desafio que nos orgulhamos de ter superado. A cooperação entre diferentes fornecedores aconteceu sem problemas e o apoio da Renault Sport foi decisivo para desenvolver um carro confiável, seguro e eficiente. Estamos orgulhosos de colher os frutos desta parceria com a Renault.”
Alain Prost, co-diretor da equipe francesa E-Dams e também embaixador Renault, esteve presente na solenidade de entrega dos carros no circuito de Donington.
Na ocasião a Renault entregou a Alejandro Agag, Presidente e Diretor Geral da Formula E Holdings, a chave de um Renault ZOE, que será seu carro de uso pessoal. Com ele, Agag poderá comprovar os pontos fortes de um veículo de emissão zero: ausência de ruídos, retomada em baixa velocidade e prazer de condução, além de fazer parte de 98% de clientes satisfeitos com seu Renault Z.E.

sábado, 17 de maio de 2014

O FABRICANTE DE SONHOS I

o grande Fernando Lapagesse, futuro Prefeito de Saquarema, convida para esta beleza de exposição que realizará naquela bela cidade. Não deixem de ir, tenho certeza que será um evento inesquecível.


domingo, 29 de dezembro de 2013

O FABRICANTE DE SONHOS



Fernando Lapagesse Alves Corrêa, montou sua Fábrica de Sonhos em Saquarema, RJ, onde constrói réplicas fantásticas e restaura alguns carros maravilhosos. Parabéns Fernando, homens como vc ajudam a manter viva a história do automobilismo.