Recebi do amigo Sidney Cardoso e repasso aos amigos.
Flávio, Joaquim, Saloma, Maurício, Pedro, Jovino, André.AmigosComo vocês podem constatar essa é a primeira vez que peço para divulgar uma matéria, antes sempre colaborei sem jamais pedir a divulgação. Podem ter absoluta certeza de que a vaidade está muito longe de mim. O que me move a isso é que com a divulgação maciça de vocês os dirigentes se virão acuados em voltar atrás. E se o que ouvi hoje na TV, pelo Galvão Bueno, for posto em prática, todas as corridas incluindo as de Carros Clássicos, Fórmula Vê, Fórmula 3, etc. Estarão recebendo, como deveria ser, público numeroso. Hoje, assistindo pela TV os treinos classificatórios da F1 em Interlagos, ao ouvir uma informação do Galvão Bueno de que os boxes irão mudar de lugar, ou seja, irão para a reta oposta, senti-me tomado por uma excelente sensação de que o automobilismo no Brasil poderá voltar aos seus tempos áureos. Em todos os blogs especializados em automobilismo sempre que vinha a indagação: por que será que os autódromos andam tão vazios nos dias de hoje (fora a F1)? Eu dava a mesma resposta. Eu havia tido um insight sobre essa situação. Então, procurei espalhar minha visão na esperança de que alguém com poder pudesse abraçar minha teoria e colocar em prática o que acho ser a solução. E o que eu escrevia? Vou copiar apenas um dos muitos comentários que fiz. Esse foi no blog do Flavio Gomes:(respondendo ao Paulo Franco): “Posso estar redondamente enganado, não tenho a mínima pretensão de ser o dono da verdade, por favor, sintam-se totalmente à vontade pra discordar, não me sentirei ofendido de maneira alguma. Alguém já disse que da discussão vem a luz. Antes das reformas para a Fórmula 1, o público que assistia de cima dos barrancos, onde hoje estão as arquibancadas defronte aos boxes, tinha uma visão de mais ou menos 90% da pista. Podia, portanto, acompanhar o que estava acontecendo nela, ver e vibrar quando o carro de um de seus favoritos fazia uma ultrapassagem. Da mesma forma se emocionava quando esse carro apresentava algum problema. Hoje as arquibancadas estão confortáveis, porém o público que vai em busca de emoção sai frustrado, pois só vê os carros passando naquele pequeno pedaço. Hoje você vê melhor uma corrida assistindo pela televisão. Por que isso? Porque os boxes ficaram mais altos, construíram acomodações para o público VIP em cima desses boxes e ainda puseram mais concreto atrás deles. Bem, em minha visão de mundo essa foi a razão que levou a esse estado que você tão bem constatou. Tem solução? Acho que sim, mas devo confessar que não acredito que alguém tenha coragem para implementá-la. Primeiro porque teria que se desmanchar parte de uma obra pronta e a maioria não aprova isso, segundo porque não ficaria barato. Qual seria a solução?Podem me chamar de maluco, mas creio que a solução seria fazer um pequeno declive, construindo os boxes e garagens dos fundos nesse declive com rampas de acesso. Ficaria somente e tão-somente a torre de cronometragem e direção da prova acima, como sempre foi. E os convidados VIPs atuais que ficam no padock e camarotes? Reservaria uma parte da arquibancada pra eles. Poderiam atravessar a pista em determinada hora, nos intervalos, pra visitarem os boxes, mas nada deles em cima dos boxes. É viável?Creio que temos engenharia pra isso. Irão fazer?Creio que não, pois as transmissões de TV mostram todo o traçado, os dirigentes da F-1 recebem verba para permitirem que transmitam, os outdoors aparecem em destaque nelas, etc. Acho que eles não estão nem aí para falta de público nas outras corridas, pois eles faturam alto nessa. Deduzo que os jovens, que seriam público potencial dos autódromos, bem como potencialmente futuros pilotos, que estão acostumados a assistir corrida pela TV, com aquela visão ampla, vão ao autódromo e saem decepcionados em busca de outros eventos que lhes tragam mais emoção, como, por exemplo, o futebol. Já viram alguma construção à frente das arquibancadas e das cadeiras num estádio?Onde ficam os jogadores antes de entrar em campo? Não ficam num subterrâneo? Podem me chamar de sonhador, etc. Mas creiam que não ficaria em paz com minha consciência após ter vivenciado duas épocas distintas no automobilismo, e depois de ter me surgido a “Eureca” em 79, e não compartilhar essa visão com vocês, sobretudo, calar-me diante de sua indagação Paulo Franco”. Confesso que rebaixar os boxes seria muito mais trabalhoso, poderia dar infiltração de água, etc. Essa solução encontrada de passá-los para a reta oposta achei excelente! O Galvão Bueno disse que vai sair tudo dali.Creio que temos bastante probabilidades de voltarmos a ver o público de volta a Interlagos em todas as corridas, incluindo aí as de Carros Clássicos, Fórmula Vê, Fórmula 3, etc. em vez de apenas na F1. Claro que a mudança não será da noite para o dia, visto que muitos que foram e não viram o traçado todo resolveram não mais ir. Mas com o tempo aqueles que forem e virem a pista toda, podendo acompanhar a corrida pela arquibancada, irão comentar com seus amigos. Esses irão por curiosidade e, enfim, após algum tempo para alegria nossa, amantes do automobilismo, o Templo Sagrado voltará a receber sua multidão de súditos e adeptos novos.
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2 comentários:
Pedro
Muito obrigado por postar.
Creio que se isso for a frente poderemos ter o Autódromo de Interlagos cheio de novo. E creio que quando a receita der certa os outros autódromos, irão copiar.
Grato, abraços,
Sidney
Pedro
Tenho recebido muitos e-mails. A maioria concordando com a idéia.
Por outro lado há pessoas que são resistentes à mudança e não concordam, faz parte do processo.
Há uma característica em algumas pessoas de temerem a mudança. Até mesmo o bebê só chora pra trocar a fralda molhada depois que ela esfria.
Tem um ditado de Arthur Scohpenhauer que mostra bem isso. Ele disse assim:
Toda verdade passa por três estágios.
No primeiro, ela é ridicularizada.
No segundo, é rejeitada com violência.
No terceiro, é aceita como evidente por si própria.
Isso aconteceu quando surgiram a TV, o computador, etc.etc.etc.
Gostaria de saber dessas pessoas que são contra se elas iriam a um estádio de futebol onde só pudessem assistir 1/16 do campo de futebol?
Ou se iriam a um cinema onde só pudessem ver 1/16 da tela?
Talvez, essas que são contra a idéia nunca assistiram uma corrida da arquibancada. Quem sabe?
Ou talvez ainda não se deram conta que o mais importante não é a situação onde estamos, mas a direção para a qual nos moveremos.
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