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domingo, 10 de outubro de 2010

RECORDAÇÕES

Estava vendo um post no http://antigosverdeamarelo.blogspot.com/, do Guilherme, e me veio à lembrança uma história que me aconteceu em 1971.
Nessa época eu estudava em Barra do Piraí, e fui almoçar com um amigo, Paulo Silvio, proprietário de uma transportadora, no Belvedere, localizado do cruzamento da estrada que liga 3Rios a Volta Redonda com a estrada que liga Barra do Piraí a Valença.
Entramos no restaurante e fomos convidados a sentar na mesa de um caminhoneiro amigo dele.
Lá pelas tantas surgiu o assunto de corridas de automóveis. O caminhoneiro saiu com a seguinte pérola.
-"Dirigir carro de corrida é mole, quero ver um cara desses dirigir meu caminhão." disse apontando para um conservadíssimo FNM D 11.000, amarelo, que estava estacionado no pátio.

 O Paulo Silvio informou ao cara que eu corria de automóveis, mas ele insistiu que queria ver se eu saberia dirigir o caminhão dele. Eu, nas férias costumava viajar com um caminhão igual ao dele, de outro amigo, o João Frias, e stava bastante habituado com o FNM, que realmente não é muito fácil de dirigir, além da caixa "seca", os tirantes que ligam a alavanca de marchas ao trambulador geralmente tinham folga, dificultando ainda mais "achar" o encaixe das marchas. Além disso, tinha uma direção pesadíssima e um sistema de freios sofrível. Quando eu disse quedirigiria o caminhão dele, ele propos que apostássemos o almoço, no que concordei. Combinamos que eu deveria descer do Belvedere, até a Igreja de Santana em Barra do Piraí, um trecho de aproximadamente 2Km descendo e subir de volta.
Sentamos no caminhão, dei a partida no motor, perguntei como eram as marchas, que ele me mostrou com um sorriso de deboche. Engrenei a primeira e acionei a alavanca da reduzida, soltei o freio de mão baixando a alavanca e dando uma puxada rápida para cima, só assim os freios desbloqueavam, nisso ele percebeu que eu não era tão leigo.
Arranquei suavemente, e movimentei a alavanca retirando a reduzida, estiquei a primeira, passeia segunda caprichando a dupla embreagem e ao mesmo tempo "cruzava" engatando novamente a reduzida com a mão esquerda.
-"Pode estacionar. Já ví que perdi o almoço". Disse rindo

6 comentários:

Mauricio Morais disse...

Que história legal Pedro. O que eu mais gostava dos FNMs era o som do motor e o cheiro que o escapamento exalava. Quando viajávamos no fusquinha marrom claro de meu pai era uma festa para mim e meus irmãos quando ficávamos atrás de um desses.
E a fumaceira preta? Era demais.

Hoje seria a morte para os ecochatos.

Unknown disse...

Mauricio, viajei muito no FNM do meu amigo João Frias, tem muitas histórias, às vezes assustadoras. rs.
Um abraço.

Guilherme da Costa Gomes disse...

Legal demais Pedro!

ricardo karan disse...

Pedro o FNM tinha o freio montanha motivo pelo qual vc teve q soltar rapido a alavanca o som do motor em marcha lenta era o tu tu tu tu aqui eu me lembro da fantasma q era do Renato Kreischer na epoca do transporte Itaipava qdo caiu sozinha dentro do Rio outro caminhão q marcou muito foi GMC Maritimo com duas caixas de marcha tb era show valeu abraço

Antonio Seabra disse...

Pedro, eu também tive a oportunidade de guia os fênêmê, mas a´penas dentro de canteiro de obras. Era dificil mesmo, especialmente na hora de "cruzar os bigodes" (marcha pra frente x reduzida para tras), soltando o volante.

Antonio

Sidney Cardoso disse...

Muito boa essa história.
Dirigi apenas um International, era bem menor, se lembra desse caminhão?
Abraço.