"Carlos Chiti, pioneiro entre os pioneiros, morreu na última quinta-feira, aos 95 anos.
Nascido em Florença, em 1914, e vivendo no Brasil desde 1927, Chiti era enteado de Américo Emílio Romi, grande fabricante de tornos em Santa Bárbara d'Oeste, interior de São Paulo.
Um dia na década de 50, Chiti soube da existência do Isetta ao ler uma revista italiana. Originalmente produzido pela indústria de motonetas Iso (daí o nome), em Milão, o modelo era um dos muito microcarros surgidos no pós-guerra europeu.
- Sugeri ao seu Emilio fabricar o Isetta no Brasil, imaginando lançar um carro urbano ao alcance do operário que andava de ônibus - contava Chiti.
Dois Isetta foram importados para descobrir se os projeto era viável. Em São Paulo, a empresa Tecnogeral se prontificou a estampar as carrocerias, fazer os chassis e mandar tudo montado para Santa Barbara d'Oeste. Outras empresas, como a Pirelli, concordaram em fornecer peças.
Numa ida à Itália, os donos da Romi compraram o direito de fazer o Isetta no Brasil - e assim, no dia 30 de junho de 1956, foi fabricadoo primeiro carro de série nacional: o Romi-Isetta.
A aventura durou até 1961 quando, após três mil unidades produzidas, as indústrias Romi voltaram a concentrar esforços apenas nos tornos - atividade mantida até hoje. Mas o nome da empresa permanece conhecido por causa do carrinho".
Para matar a saudade do Romi-Isetta:
Um comentário:
O primeiro carro que o meu pai têve foi um desses. Tenho bôas recordações dessa época. Preciso colocar isso no blog com fotos.
Abraço
Postar um comentário