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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

ERWIN KEUPER III

Após o resultado da minha Primeira Corrida, resolvemos continuar com os acertos da barata.
A primeira providencia foi substiruir os pneus trazeiros, pois oa uzados anteriormente tinham perfil mais alto. Não me perguntem o motivo, não me lembro. Depois o Erwin começou a analizar o desempenho do carro.
O carro largava bem, enchia rápidamente o conta giros, estava razoavel no miolo, e deveria melhorar com os novos pneus. Descemos para treinar e, desse vez, foi mais fácil convencer o Grande Nonato.
Como sempre, o Erwin deu umas 5 voltas, desta vez girando alto, o que surpreendeu a todos, pois não baixou de 2"4'. Parou nos boxes e começou a sua análise:
-"Acho que o carro melhorou um pouco, mas estou encucado com uma coisa. Ele sái fraco da sul em quarta, experimentei a terceira e achei curta demais. Ele não enche o contagiros de quarta nem no retão. Logo depois da saída do S ele enche a terceira, a gente passa a quarta, mas acho que poderia crescer mais rápido. Vamos colocar uma quarta mais curta e experimentar."
Dei algumas voltas, confirmei o tempo de 2"2', cheguei a vira 2"1' baixo, mas resolvemos parar.
Naquela época não havia a maravilhosa Internet para ajudar.
No Rio achamos dificil de encontrar, portanto, vamos a São Paulo.
Descemos à noite, guardamos o carro no apartamento do Erwin na 28 de Setembro, Vila Isabel, pegamos um táxi  e fomos para a estação pegar o saudoso Trem de Prata, para São Paulo. Que delícia de viagem, quem fez sabe.
Carro leito mesmo, com beliche e um lavatório para higiene matinal.
Pouco dormimos, conversando e vendo as paisagens até então desconhecidas, mas, mesmo assim chegamos descansados em São Paulo, fomos para o Carro Restaurante e tomamos um reforçado café da manhã.



Que Saudades do Trem de Prata.



Pegamos um táxi, nem eu nem o Erwin conhecíamos nada de São Paulo, confesso que até hoje não conheço, e fomos até a oficina do Josil José Garcia, a JOCAR, que ficava, salvo engano, em Santo Amaro.
Lá chegando fomos calorosamente recebidos pelo Josil, disse que estava com saudades de ouvir um sotaque carioca, rs, nos apresentou o Giba e o restante da turma, uma festa.
Falamos o que queriamos e ele nos levou numa tornearia onde encomendamos a engrenagem, que nos foi enviada posteriormente.
O Josil tinha que passar na AUTOZOOM, aproveitamos para conhece-la.
Lá fui apresentado ao Alfredo Guaraná Menezes, que estava despontando como uma promissora bota, e que não perdeu a oportunidade de brincar conosco.
-"E aí? Quando é que os tais de "Pintão" e "Pintinho" vem aqui, pra gente tirar uma difereinça?"
-"Não sei, pergunta a eles ou vai lá você." Respondi.
Seguiram-se algumas gozações de ambas as partes, para delírio do Josil.
Boa praça o Guaraná.
Retornamos ao Rio, ansiosos para recebermos a tal quarta curta e podermos fazer o teste.
Tinhamos ido a São Paulo numa terça feira, na terça seguinte o Juca avisou que havia chegado a engrenagem e que iria monta-la na caixa. Corremos pra oficina para assistir acirurgia.
Pronta a barata, voltamos ao Autódrmo para conferir, na semana seguinte teríamos a Primeira Prova do Torneio BUA de FORMULA FORD, e iríamos participar da preliminar.
O Erwin como sempre, sentou no FUSCA, e baixou a bota. Na segunda volta cravou 2", na terceira 1"59' baixo, na quarta 1"58" alto, na quarta 1"58' baixo e parou.
-"Melhorou muito, sái forte da Sul, e quando espetei a quarta na saida da Ferradura e na saida do S, ele deu um pulo."
Sentei, saí, como sempre de vagar, até saber como estava a pista, e aí sim, acelerei.
Passei com 2" cravados na primeira passagem rápida, e fui baixando, 1"59' baixo, 1"58' alto, 1"58' baixo, 1"58' cravados. O Erwin e o Juca sinalizavam OK, soridentes.
Me empolguei e pensei: "Vou dar uma alegria pra esses putos."
Fiz a Sul na pontinha dos dedos, caprichei a Entrada do Miolo, fiz a Ferradura perfeita, mantive a primeira do S o máximo que podia por dentro, fiz a segunda perna do S bem, saí forte, iniciei a suave Curvinha da Árvore, metí a quarta e.... Fudeu. Parecia que estava em ponto morto (neutro). Pensei:
"Porra, a engrenagem de quarta não aguentou."
Espetei a terceira de novo, acelerei, o giro subiu, e nada...
Ao diminuir tentei segunda. Nada... O giro crescia e as rodas não tracionavam. Fui no embalo até a Norte, desci o Relevê e parei na entrada dos boxes. O Juca o Alemão e o Erwin vieram correndo perguntando o que havia acontecido. Realatei, empurramos o FUSCA pros boxes, e começamos a procurar o motivo.
O juca mandou o Alemão tirar a roda trazeira esquerda, com o carro no alto, me mandou ligar, engrenar primrira pra tentar ouvir algum ruido. Ao engrenar a primeira e tirar o pé da embreagem, ouví o Juca gritar.
-"Pode parar que já achei o problema." Disse rindo.
As estrias da bengala (semi eixo) haviam desgastado, como se tivessem torneado as respectivas estrias do cubo de roda. Consequentemente aquele semi eixo girava solto, não transmitindo potência para a roda.
Foi um alívio, mas foi o suficiente para encerrarmos os treinos e rebocarmos o FUSCA para Petrópolis, felizes mesmo assim, por sabermos que não era nada grave e que o carro havia melhorado, o que iríamos comprovar na próxima corrida.

Erwin Keuper, formando no Grid lá de cima.



O FUSCA véio de guerra.





5 comentários:

Antonio Seabra disse...

Muito legal, quero ver o resto da estoria !

Antonio

Unknown disse...

Amigo Seabra, o resto da História, rs, já contei no Bolg do Saloma,
http://www.interney.net/blogs/saloma/?s=torneio+bua&sentence=AND&submit=Busca, repetir é ruim.
Um abraço.

Mestre Joca disse...

Repete sim, Baleiro, por que não? A gente quer ler o restante, nem que seja um copiar-e-colar.

Grande abraço e continue seus relatos, todos adoram...

Unknown disse...

Joca, qualquer pedido seu ou sujestão, pra mim é uma ordem. Vou tentar encontrar matérias da época, e repetirei, com a devida Vênia do nosso Saloma, salvo algumas pequenas correções.

Dinho Amaral disse...

isso é normal já aconteceu comigo quando corria com o Puma 69 e depois com o Speed 1600cc