Acelerava qualquer "cadeira elétrica" que pintasse. Se destacava nos "pegas" (rachas para os de Sampa) tocando FUSCA, RURAL do pai, KOMBI ou Pick Up WILLYS da METALURGICA UNIVERSAL (Indústria de Máquinas da família).
Resolveu prepara seu FUSCA 66 "Modelinho", e o Juca Macedo transformou o 1200 num foguetinho, sempre com grandes discussões com o Erwin, que dava ótimos palpites. Fez algumas provas de Estreantes, sendo que a de maior destaque foi uma em Juiz de Fora, sob chuva, em que largou em último, e mesmo depois de uma escapada que chegou a raspar o meio fio, chegou em segundo. Na ocasião, após os treinos, o Nelsinho Weiss, viu o capô do fusca aberto e comentou, com um sorriso simpático:
-"Ôh miliduzentos andão, sô".
Bem, após tirar a Carteira de Piloto, me chamou para uma conversa.
-"Pedro, vou colocar um motor 1600 brabinho no Fusca. Ainda não posso fazer um carro só pra competir, dependo desse pra me deslocar pro Rio e fazer minha Faculdade. Mas estive conversando com o Juca, e queremos ir fazendo umas experiencias, até podermos fazer uma fera. Sondei o Jiquica e talvez ele me venda o KG.
Você faz as provas de Estreantes com o FUSCA, tira a Carteira de Piloto e agente corre depois com o KG.
Topa?"
Juro que fiquei mudo.
Olha cara, você sabe como eu gosto dessa merda, mas não tenho um puto pra gastar e meu Pai até poderia dar uma ajudinha, mas a Véia separa dele se fizer isso. rs
-"Eu não tenho muita grana, mas o que precisar eu consigo com o "Seu" Augusto Keuper (seu Pai)".
A vontade falou mais alto que a razão e eu topei, dificil foi dormir à noite. rs.
Fizemos um carrinho esperto. 1600 cc, comando Escanderiam 10/10 A, cabeçote com vávulas maiores, molas de valvulas reforçadas, volante bem aliviado, taxa de compressâo 9,5X1, balanceamento estático e dinâmico feito na CELMA (Retífica de Motores de Avião) e um único carburador 32" (bem fuçado).
A suspensão dianteira com castanhas para regulagem de altura e uma boa cambagem negativa, e a tazeira rebaixada e com 4 amortecedores.
Consegui dois pequenos patrocínios que, naquela conjuntura, ajudaram bastante: Vassouras Rossi, do meu saudoso amigo Luiz Antonio Rossi e do FUKA'S Lanches, do não menos amigo nem menos saudoso, Fuad Abi Daud, primo do Saloma.
Bem, isso passa a ser assunto para outro post, como as idéias e os icentivos e os esporros do Erwin
Agora, o que eu quero é tornar público, um pouquinho do muito que esse verdadeiro irmão fez por mim.
Muito obrigado ERWIN KEUPER.
DEUS te abençoe.
Na foto abaixo satisfção do Erwin com a conquista do terceiro lugar na preliminar da primeira prova no Rio do Torneio BUA em 1970.
3º Lugar.
4 comentários:
Pedro
Li essa sua reportagem, achei muito legal a sua história com o Erwin Keuper.
Quem venceu a prova de estreantes foi o Carlos Lima, com o Mini-Cooper. Ele era de Petrópolis também, não era?
Agora, olha a baita coincidência, em segundo lugar chegou o Júlio Lopes que aparece lá na última foto da nossa homenagem ao Hélio Mazza, e você em terceiro como falou.
Veja que interessante: eu tive a sorte de vencer a corrida de pilotos com o Lorena nesse mesmo dia, e agora 40 anos após, por essa baita coincidência como falei, estamos todos juntos nesse blog.
Pra quem gosta de conferir é só ir no site do amigo Mário Estivalét que fez um site sobre os carros Lorena e poderá constatar isso, vou deixar o link:
http://www.webng.com/lorenagt/5-provas-70-02.htm
Sidney, acho que o Carlos Lima era do Rio, quem pode falar sobre ele é o Amaury Mesquita, pois corriam com o mesmo carro, o fantástico MINI COOPER.
Obrigado pela ajuda na foto.
Um forte abraço.
O Baleiro é fantástico no relato desses backgrounds de corrida. Pena que não brinde a gente mais vezes com suas histórias.
grande abraço,
Sidney e Joca, como digo sempre aos amigos fora de série: "Se vocês não existissem, japonês tinha inventado".
Um abração.
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